30 de mai. de 2012


12 curiosidades bizarras sobre duas das maiores redes de Fast Food do mundo



Você pode não pensar nisso enquanto está comendo ou quando encara a fila do pedido — 
que costuma ser enorme —, mas o McDonald’s e o Burger King são gigantescos. E, 
de maneira proporcional ao seu tamanho, eles guardam histórias estranhas e surpreendentes 
sobre as suas trajetórias e os seus produtos.
Abaixo você vai conferir 12 fatos bizarros sobre essas duas marcas, que estão entre as maiores 
redes de Fast Food do mundo. E relaxe, você vai poder continuar comendo tranquilamente e sem 
peso na consciência — ou não.

Curiosidades

1) A cada oito trabalhadores dos Estados Unidos, pelo menos um já trabalhou no 
McDonald’s.
2) O McDonald’s é o maior empregador do Brasil.
3) Na Inglaterra, é vendido um sanduíche feito só com bacon e queijo, chamado de 
“Bacon Roll”.
4) O muffin de milho do McDonald’s tem mais calorias do que uma rosquinha tipicamente 
americana, super-recheada.
5) O McDonald’s vende cerveja... Mas só na Alemanha.
6) No Japão, você pode comprar uma tortinha de bacon e batata.
7) A Antártida é o único continente sem uma filial do McDonald’s.
8) O McDonald’s seria uma nação mais rica do que a Mongólia.
9) Por um problema de copyright, o Burger King australiano se chama Hungry Jack’s.
10) Você vai ter que andar por mais de 14 km para queimar as calorias de um Whopper 
Duplo com Queijo.
11) O Burger King chinês começou ofertando uma trufa negra Angus XT.
12) O Burger King foi responsável pelo primeiro comercial de ataque a outra rede de 
Fast Food, em 1981, estrelando Sarah Michelle Gellar ( atriz protagonista do seriado 
Buffy – A caça-vampiros ).

Bônus


Uma cena que muitas pessoas sempre lembram é do filme Pulp Fiction, os
personagens conversam sobre como é chamado o "Quarteirão" do McDonalds. Na
França esse sanduíche é chamado de "Royale with Cheese", pois eles não usam
o mesmo sistema métrico. Dessa maneira, eles não reconhecem um quarteirão
como nós, brasileiros. isso também acontece em outros países que usam outro tipo de
métrica.
Fonte: TecMundo

30 de maio

Feriados e eventos cíclicos
Brasil
1898 - Fundação da vila de São Joaquim, atual São Joaquim da Barra - São Paulo
Dia do Geólogo
Dia do Decorador
Dia do início das obras na Arena Corinthians

Católico
Dia de Santa Joana D'Arc

Portugal
Dia Nacional de Prevenção do Cancro Cutâneo

29 de mai. de 2012


Curiosidades de países: Canadá




1. A palavra Canadá deriva de "k'anata", que significa "pequena povoação" ou "a vila" no idioma indígena.
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2. O Canadá é o segundo maior país do mundo ! Ocupa 41% da América do Norte 

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3. A fronteira do Canadá com os Estados Unidos é a mais longa fronteira terrestre do mundo entre 2 países. 



4. O Canadá é o país que possui o maior número de lagos de água doce do mundo. São milhares de lagos, em todo o território. Só para se ter uma idéia, a província de Ontário possui nada mais nada menos do que 25.000 lagos. 

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5. Em Toronto, a temperatura pode chegar a 40º C no verão e a -33º C no inverno, uma diferença de mais de 70º C. 


6. O Canadá possui dois idiomas oficiais, o inglês e o francês. Cada província tem o direito de definir o seu idioma oficial. O francês é falado majoritariamente em Quebec, enquanto Nova Brunswick é bilíngue. As demais províncias falam principalmente o inglês. 

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7. O Canada é uma monarquia constitucional com sistema parlamentarista. Ou seja, a chefia do Estado é exercida por um monarca e a do governo por um primeiro-ministro. Quem é a monarca ? Rainha Elizabeth II, do Reino Unido. 

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8. As cidades mais populosas: Toronto, Montreal, Vancouver, Ottawa, Calgary, Edmonton, Quebec, Winnipeg, Hamilton e London. A região metropolina de Toronto, na província de Ontario, possui mais de 5 milhões de habitantes. 

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9. A maior parte da população canadense é cristã, sendo metade católica e metade protestante. 

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10. Quase 20% da população nasceu no estrangeiro, o que faz do Canadá um dos países com maior percentual de imigrantes do mundo. 



11. O país possui um dos mais altos índices de desenvolvimento humano do mundo. Vancouver é a cidade 3º com melhor padrão de vida, eleita também a "cidade mais habitável" do planeta. 

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12. O Canadá é um dos países que tem o maior número de automóveis por pessoa, praticamente um carro para cada duas pessoas. 

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13. Montreal, na província de Quebec, é uma cidade quase que totalmente ligada por túneis. A cidade possui a mais extensa rede de túneis do mundo. É possível ir ao shopping, ao escritório ou escola sem sair ao ar livre. Estima-se que 500.000 pessoa circulem todos os dias pelos túneis de Montreal. O motivo está nos invernos com temperaturas normalmente abaixo de zero. 

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14. As mulheres representam 45% da mão-de-obra canadense. Elas ocupam quase todas as posições, de motorista de caminhão a presidente de empresa, de pedreira a advogada. Sinal de que no Canadá, a igualdade entre os sexos é levada a sério. 


15. O esporte nacional é o hóquei sobre o gelo. Quase todas as escolas e universidades possuem quadras para a prática de hóquei. 

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16. O animal-símbolo do país é o castor, por lá chamado de beaver. 




17. O basquete pode ser muito popular nos Estados Unidos, mas o crédito pela invenção do esporte é dos canadenses. 

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18. Não existe uma cozinha típica, ou muito menos pratos nacionais canadenses. A cozinha varia de região para região. Mas pode-se dizer que boa parte da população aprecia maple syrup, rosquinha, arroz selvagem, peixes ( principalmente o salmão ) e frutos do mar. 

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19. O inglês canadense é um inglês mais fácil de entender e aprender, sem os sotaques encontrados na maioria dos outros países de língua inglesa. 

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20. No Canadá é proibido beber nas ruas e não é permitido entrada de menores em bares. Em Toronto são considerados menores todos aqueles abaixo de 19 anos de idade. 




21. O Canadá é um país multicultural. Em razão de sua diversidade étnica, você se sentirá à vontade no Canadá. 

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22. Os custos de educação e vida para estudantes estrangeiros no Canadá estão entre os mais baixos do mundo, e as suas universidades estão entre as melhores do mundo! 

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23. A luva de baseball foi inventada no Canadá em 1883. 

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24. Com apenas 3 pessoa por quilômetro quadrado, o Canadá tem a quarta menor densidade demográfica do mundo. 




25. O Canadá é o quinto maior produtor de energia do mundo. 

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Significado da bandeira: 

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As duas barras verticais vermelhas significam os oceanos Pacífico e Atlântico, a barra branca o território do Canadá enquanto que a folha estilizada representa as matas cobertas de bordo. 
FONTE : GAMEVICIO

29 de maio


Feriados e eventos cíclicos

Brasil
Aniversário do município de São Pedro do Turvo - SP
Aniversário do município de Potim - SP
Aniversário do município de Ajuricaba - RS
Feriado Municipal de Trancoso.
Dia do Estatístico.
Dia do Geógrafo.

       Internacional
Dia da Tomada de Constantinopla ( na Turquia ).
Dia Mundial da Energia.
Dia Internacional dos Soldados da Paz das Nações Unidas

28 de mai. de 2012

28 de maio

Feriados e eventos cíclicos

Dia do Ceramista
Dia Nacional de Luta pela Redução da Mortalidade Materna - Brasil

Anjo do dia

Yabamiah

27 de mai. de 2012

Curiosidades de países: Alemanha



Alemanha, um país fascinante. Para começar, como é possível um país, destruído 2 vezes no mesmo século, tornar um dos pontos mais importantes da economia mundial ?


1. Berlim é reconhecida como centro europeu da cultura, graças à chamada "ilha de museus", suas três casas de opera, a Orquestra Filarmônica, os cinemas e teatros, o Festival Internacional de Cinema, as três universidades, as quatro escolas de Belas Artes e os 250 centros universitários de pesquisa. 


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2. Na rua os alemães nunca atravessam se o sinal não estiver verde, pode não haver um único carro num raio de um quilômetro que, mesmo assim, ninguém atravessa a estrada.

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3. Nas ruas é obrigatório recolher o cocô do cachorro levado a passear.

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4. Quer um cachorro? Primeiro tem que fazer testes psicológicos, e se passar, pode ter um, mas depois tem que pagar uma taxa. 

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5. É permitido levar animais nos transportes públicos. ( desde que se pague o bilhete ).

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6. Se não separar como deve ser o papel, plástico e o vidro, o lixeiro não recolhe. 

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7. Não há limite de velocidade nas estradas. ( Mas recomendam não ultrapassar os 130 km/h ) 



8. Apesar de já se ter passado 67 anos desde a 2º guerra mundial, a ferida ainda está aberta na Alemanha. Os alemães não gostam de falar sobre isso, mas também não se importam desde que sejamos sensíveis.

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9. A Alemanha é o país mais "odiado" na Europa, principalmente pelos holandeses e dinamarqueses. Se um alemão pedir indicações na Holanda, eles vão indica-lo o caminho mais curto para fora do país. Ou dizem-lhe para devolver as bicicletas (na 2º Guerra Mundial, a Alemanha confiscou todas bicicletas da Holanda).

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10. Os alemães são os europeus que mais consultam médicos. Eles se preocupam muito com a saúde e vão em média 11 vezes por ano ao médico.



11. Se você deseja ir na casa de alguém tem que avisar antes, não importa se é para ir na casa da avó, do tio ou do amigo.



12. O castelo da cinderela que existe na Disney foi inspirado no castelo Neuschwanstein, localizado no sul da Alemanha.

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13. O sal utilizado na Alemanha não vem do mar, mas sim das minas de sal dos Alpes.

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14. Quase a metade de toda a energia solar consumida no mundo é produzida na Alemanha.

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15. A Alemanha é o país com mais população na Europa ( se não contarmos a Rússia )

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16. Na cultura da Alemanha, é o menino Jesus que traz os presentes de Natal ao invés do Papai Noel.

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17. Na Alemanha as pessoas andam muito de bicicleta. Toda cidade tem ciclovias bem sinalizadas.

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18. Cada região na Alemanha tem seu próprio dialeto. Quando alguém da região de Baden-Wüttenberg conversa com uma pessoa da região de Bayer falando em seu dialeto, uma pessoa não entende a outra.
Existem até mesmo dialetos de cidades como Berlim, Hamburg, etc.

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19. Os números em alemão são escritos juntos. Exemplo: 374 - dreihundertvierundsiebzig

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Significado da bandeira:

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As três cores da bandeira alemã simbolizam a democracia republicana que se formou após a Segunda Guerra Mundial. Representa também a liberdade da Alemanha e de seu povo.

O curioso é que não se sabe ao certo a origem da bandeira. 

27 de maio

Santo do Dia

Dia de Santo Agostinho de Cantuária. Dia de Santo Eutrópio.

Feriados e eventos cíclicos

Internacional
Dia Mundial dos Meios de Comunicação

Brasil
Dia Nacional da Mata Atlântica
Dia do Profissional Liberal
Dia do Serviço de Saúde
Dia Nacional da Mata Atlântica
Dia do Profissional Liberal
Dia do Serviço de Saúde


26 de mai. de 2012

26 de maio



Feriados e eventos cíclicos

Brasil
Feriado Municipal da Cidade de Barreiras, em comemoração ao Aniversário da Cidade
Dia Nacional de Combate ao Glaucoma criado pela Lei nº 10.456, de 13 de maio de 2002
Dia de Nossa Senhora de Caravaggio. Comemorado na Região da Serra Gaúcha, em municípios como Caxias do Sul,Farroupilha e Flores da Cunha
Dia do Revendedor Lotérico
Portugal
Dia Nacional do Bombeiro


Funções da linguagem



   As funções da linguagem são recursos necessários para se estabelecer uma comunicação eficiente. As funções da linguagem são resumidas em seis tipos: 


Função apelativa (ou conativa)

É centralizada no receptor (destinatário). O emissor quer influenciar o seu comportamento do receptor, com a intenção de convencê-lo ou lhe dar ordens. Geralmente usam-se os pronomes tu, você ou o nome da pessoa. Também usa-se vocativos e imperativos. Essa função é comum em discursos, sermões, propagandas políticas e religiosas, figuras de linguagem.
Exemplos:
Você viu como ficou a roupa da Júlia?
Lúcia corre e veja isso!
Você deveria ler o artigo que a Folha trouxe sobre os senadores

Função emotiva (ou expressiva)

É centralizada no emissor: expressa suas emoções, seus sentimentos, sua opinião. Comum haver interjeições, exclamações, reticências e uso da 1ª pessoa do singular. Uso dos pronomes pessoais. Função comum em autobiografias, cartas de amor, memórias, poesias líricas, etc.
Exemplos:
Júlia, eu te amo muito - não faça isso!
Muito obrigada, não esperava surpresa tão boa assim! Não,... não estou triste, mas também não quero comentar o assunto.

Função referencial ou denotativa

É centrada no referente. O texto oferece informações sobre a realidade. Usa uma linguagem denotativa, direta, objetiva, prevalecendo 3ª pessoa do singular. Aborda fatos concretos. Linguagem comum dos jornais e livros científicos.
Por exemplo: um texto descritivo informativo sobre todos os objetos e detalhes que há sobre uma mesa de aniversário.

 Função fática
Função centrada no canal. Objetiva-se prolongar ou interromper o contato com o receptor, isto é, manter ou não a comunicação. O que se pretende privilegiar não é a comunicação, mas sim, o contato em manter o ouvinte ou o leitor, maior aproximação entre remetente e destinatário. Comum em interjeições, linguagem das falas telefônicas, saudações, propagandas, etc. 
Outros exemplos:
 
Elevar o polegar para dizer que 'tudo continua bem' ;
A foto do primeiro contato entre celebridades, geralmente flagradas no aperto de mãos, marcando o início da comunicação entre eles;
- Olá, como vai, tudo bem?
- Alô, quem está falando?




Função poética

É centrada na mensagem. Preocupa-se com o plano de expressão da mensagem, com sua construção. Uso da linguagem figurada, poética, afetiva, sugestiva, denotativa e metafórica, com fuga das formas comuns. Procura atrair pela estética, pela beleza. Valoriza-se a combinação das palavras. Obras literárias, letras de música, propaganda, expressões plurissignificativas, sinônimos, etc.
“Lá em cima daquela serra,
passa boi, passa boiada,
passa gente ruim e boa,
passa a minha namorada.”

Função metalinguística

É centrada no código. Uso da linguagem para explicar a linguagem, ou seja, usa o código para explicar o próprio código. Poesia para explicar a poesia. Um texto que comenta outro texto. Comum nos dicionários, propaganda de propaganda, sinais de trânsito, etc.

Exemplos:
- Não entendi o que é metalinguagem, você poderia explicar novamente, por favor?
 - Metalinguagem é usar os recursos da língua para explicar alguma teoria, um conceito, um filme, um relato, etc.
                                                                                   Os elementos da comunicação
1.      Emissor - emite, codifica a mensagem.
2.      Receptor - quem recebe, quem decodifica a mensagem.
3.      Canal - meio pelo qual circula a mensagem: jornal, livro, revista, folheto, prova.
4.      Mensagem - conteúdo da comunicação.
5.      Código - conjunto de signos usados na transmissão e recepção da mensagem: linguagem verbal escrita. Ex: (PT-BR)

25 de mai. de 2012

Reportagem para produção de texto ( 28/05 )


Harvard, aí vamos nós

A jovem abaixo passou em seis universidades americanas. Ela faz parte de uma nova geração que, por meio da educação, quer conquistar o mundo

ALINE RIBEIRO E THAIS LAZZERI

MUITAS  OPÇÕES
Tabata de Pontes em São Paulo. Ela passou duas semanas nos Estados Unidos para conhecer a rotina das universidades que a aceitaram. Optou por Harvard (Foto: Marcelo Spatafora/ÉPOCA)


Numa sala de aula com alguns jovens imberbes, além de meia dúzia de meninas que parecem compenetradas, a professora pergunta com exagerada naturalidade:
– Alguém aí já ouviu falar da constante de Faraday?
Silêncio.
– E de carga elementar?
Silêncio de novo. Ela insiste:
– Quem nunca escutou levanta a mão.
Os espectadores são alunos com mais ou menos 18 anos de um cursinho particular de São Paulo, o Etapa. Estudam para enfrentar o vestibular do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), um dos mais concorridos do país. A professora Tabata Amaral de Pontes conduz a aula de eletroquímica com postura de doutora. Responde às dúvidas individualmente. Na lousa, escreve fórmulas que, aos desabituados, mais parecem grego ou húngaro. Tabata não tem cabelo de cientista maluco, tampouco a cara do nerd clássico. Com apenas 18 anos, ela usa aparelho nos dentes, tênis All Star, calça jeans detonada e presilha tic tac para não deixar a franja cair em seu rosto de menina. Nem por isso é menos respeitada pelos alunos, que a chamam de professora, inclusive os mais velhos do que ela.
Tabata acaba de ser aceita em seis instituições que fazem parte da lista das 20 melhores universidades do mundo: Instituto de Tecnologia da Califórnia (CalTech), Yale, Princeton, Colúmbia, Harvard e Pensilvânia. Enquanto o ano letivo nos Estados Unidos não começa, dividiu-se entre o curso de física na Universidade de São Paulo (ah, sim, ela também passou na USP) e uma maratona de atividades, como dar aulas em cursinho e trabalhar num projeto social. Detalhe importante: ela vem de uma família da Vila Missionária, bairro de classe média baixa na Zona Sul de São Paulo. Estudou em colégio público até o começo da 7ª série. Nos demais anos, ganhou uma bolsa do próprio Etapa, onde hoje ensina alunos que pagam uma mensalidade de R$ 1.500.
Embora seja uma exceção na realidade das escolas públicas, Tabata representa uma nova geração de jovens que já não mais sonham em sentar-se nas carteiras dos melhores centros do Brasil, como a USP ou o ITA. Eles ampliaram seus horizontes estudantis ao descobrir que, sim, a possibilidade de frequentar o ensino superior fora do Brasil é real – e menos inalcançável do que se imaginava no passado. Até para aqueles que, como Tabata, não nasceram em famílias abastadas. Esses alunos querem integrar o seleto grupo de mentes brilhantes da Ivy League, uma lista de oito universidades privadas da Costa Leste dos Estados Unidos, as mais tradicionais do país. Ou dos demais centros americanos, da Europa, do Canadá ou da Austrália, também reconhecidos pela excelência. Faz sentido. No último ranking da revista Times Higher Education (THE), liderado pela americana CalTech, a universidade brasileira mais bem classificada é a USP, que aparece na 178ª posição. Não é um resultado desonroso – trata-se da instituição mais bem colocada da América Latina. Mas a universidade brasileira ainda está longe das melhores do mundo. No ranking, das dez primeiras, sete são americanas e três britânicas. Entre as 20, apenas o Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH) não tem como língua materna o inglês.
Além do status de integrar o time das primeiras do mundo, esses estudantes buscam algo que as universidades brasileiras não lhes proporcionam: uma educação mais completa. Na maioria das instituições americanas, o aluno não precisa escolher um curso logo que entra. Tem a oportunidade de assistir a aulas de diferentes áreas, para só depois optar por uma. Nos mesmos quatro anos letivos, é possível obter mais de uma formação. Ele entra em contato também com uma estrutura que premia o mérito de seus alunos e professores, algo que nem sempre acontece nas universidades brasileiras. Por último, existe o bônus da diversidade cultural. As universidades dos EUA recebem alunos de nacionalidades diversas.
O Brasil ainda está bem atrás da China e da Índia, os países que mais enviam alunos para os EUA. No ranking do Instituto Internacional de Educação, nosso país ocupa a 14ª posição. Foram 8.777 alunos entre graduação e pós em 2011, 25% a mais que em 2006. “Este é o momento perfeito para fazer as malas e estudar fora”, afirma Adam Singerman, coordenador do Instituto de Liderança do Rio (ILRio), uma ONG criada para identificar talentos e encaminhá-los aos centros de excelência.
O principal motivo para o bom momento é financeiro. Com o real forte e a economia estável, mais famílias conseguem arcar com os gastos do jovem no exterior. O custo por ano numa universidade mediana nos EUA, somados o curso e a acomodação, gira em torno de R$ 70 mil. Para um estudante do interior morar e fazer uma faculdade privada em São Paulo, as despesas ficam em torno de R$ 40 mil ao ano. Essa diferença foi 15% maior há dez anos. Outro fenômeno explica o desejo de ter um diploma internacional: o brasileiro está viajando mais. Com acesso a outras culturas, os alunos se abrem para a possibilidade de passar um tempo fora. Em 2005, o país enviou 3,4 milhões de turistas em viagens internacionais. Em 2010, foram 5,3 milhões, de acordo com a Organização Mundial de Turismo. Por último, e talvez mais importante, numa economia globalizada, ter experiência internacional faz toda a diferença no mercado de trabalho.
O jovem Marcelo Bonassa ainda brincava de carrinho quando, aos 10 anos, avisou que queria estudar fora. Filho de um engenheiro e de uma enfermeira, Marcelo se preparou exaustivamente para as provas das instituições brasileiras, a pedido dos pais, e das estrangeiras, por vontade própria. Na rotina de colegial, ainda trabalhava como professor voluntário de inglês, fazia artigos científicos e participava de olimpíadas de química. O retorno chegou no começo do ano com uma boa notícia. Uma não, 16. Marcelo foi aceito em 16 universidades – três no Canadá e as demais nos Estados Unidos. Dessas, cinco integram a Ivy League. Optou por Princeton, localizada no Estado americano de Nova Jersey, ao lado de Nova York. “Tenho interesses em áreas distintas”, diz. “Lá posso estudar economia e química em paralelo.” Para atender ao sonho do filho, seus pais desembolsarão R$ 100 mil por ano.
A mensagem
Para o estudante
Ingressar numa universidade estrangeira está cada vez mais viável
Para a sociedade
A volta desses alunos ajuda o desenvolvimento do Brasil
 Para quem não tem as condições financeiras de Marcelo, mas, assim como ele, sonha em estudar fora, há alternativas. O governo brasileiro nunca incentivou o ingresso em instituições estrangeiras tanto quanto agora. O programa Ciência sem Fronteiras, lançado no ano passado, tem a meta de, até 2015, enviar 100 mil pesquisadores para o exterior, entre graduação e pós, a maioria para universidades americanas. O compromisso dos estudantes beneficiados é voltar para o Brasil ao final do curso. Em abril, a presidente Dilma Rousseff deu outra boa mostra de suas intenções. Em visita aos EUA, fechou acordos para ampliar o intercâmbio em universidades de ponta, como Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), instituições localizadas nas cercanias de Boston.
Assim como cada vez mais brasileiros procuram o curso internacional, é recíproco o interesse de outras nações pelas melhores mentes daqui. No ano passado, o presidente americano, Barack Obama, promoveu esse intercâmbio de cérebros com o programa “100 Mil Unidos pelas Américas”. O objetivo é fazer parcerias com os países latino-americanos para chegar a 100 mil alunos americanos estudando na América Latina e o mesmo número de alunos latino-americanos nos EUA. As próprias instituições estrangeiras estão de olho no Brasil. A Universidade Colúmbia, sediada em Nova York, abrirá uma filial no Rio de Janeiro. Isso porque a presença de brasileiros lá cresceu nos últimos anos. Em 2007, apenas um aluno brasileiro ingressou na Colúmbia. Neste ano, com o aumento da procura, 15 foram aceitos e há sete na lista de espera.
FUTURO GARANTIDO
O estudante Marcelo Bonassa em sua casa, em São Paulo. Aos 17 anos, ele foi aceito em 16 universidades estrangeiras. Escolheu Princeton (Foto: Marcelo Spatafora/ÉPOCA)


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7 passos até lá
Não basta ser o melhor aluno do colégio. É preciso mais. O que os especialistas recomendam a quem pretende cursar o ensino superior fora do Brasil. E passar uma temporada fora 
1. AJUSTE O FOCO
O talento tem um fôlego. Mais importante que ser um gênio no colégio é ter dedicação, foco e organização para estudar
2. DESTAQUE-SE NA ESCOLA
É importante tirar boas notas durante todo o ensino médio. Se você decidir tentar as universidades de fora só no meio do caminho, mostre um salto de desempenho
3. AMPLIE O LEQUE
Não fique restrito às universidades do topo do ranking. Há outras 177 à frente da mais bem colocada brasileira, a usp. Escolha entre 5 e 10 instituições, de acordo com seu perfil
4. INVISTA NO INGLÊS
A exigência da língua inglesa é alta para cursar as boas universidades americanas. Comece cedo para se sair bem em testes como o Toefl
5. TENHA VIDA PRÓPRIA
Praticar esporte, fazer trabalho social ou tocar instrumentos é muito valorizado. Mas é melhor se dedicar a duas atividades com entusiasmo que a muitas com desleixo
6. PEÇA AJUDA
Algumas empresas auxiliam o estudante durante a aplicação para as universidades. Nas redes sociais, o grupo BSCUE aconselha (de graça) os interessados no processo
7. COMECE CEDO
Comece a inscrição com, no mínimo, um ano de antecedência. As etapas são burocráticas e você pode se atrapalhar se deixar tudo para a última hora
Fontes: EducationUSA e ILRIO 
 A despeito das facilidades conquistadas, para ser pinçado por uma das melhores do mundo é preciso reunir um exigente conjunto de predicados. Nos Estados Unidos e na maior parte dos países europeus, não existe vestibular – os bons alunos são escolhidos pelas melhores universidades com base em seu histórico escolar, levando em conta também o sucesso em atividades artísticas, esportivas ou sociais. No caso dos estudantes estrangeiros, eles tentam usar critérios análogos (leia o quadro ao lado). Essas universidades valorizam o estudante com uma formação completa. Querem conhecer a história de cada um no detalhe. “Como sei que o candidato é um dos melhores da sala, na entrevista não pergunto sobre desempenho escolar, mas sim sobre quem ele é, sua garra, caráter e dedicação”, afirma Diana Moreinis Nasser, presidente do Alumni Representative Committee, ligado à Colúmbia e responsável por parte do processo seletivo. “Não basta gostar de futebol. É preciso ter conquistado prêmios. Se toca piano, quero saber se participou de competições na Europa.”
A história pessoal de Tabata reúne todos os passos de uma longa jornada até as melhores instituições. Ela faz parte da primeira geração de sua família a frequentar a faculdade. A mãe, Reni, uma baiana com mais de 20 irmãos, conheceu as letras só aos 12 anos. Terminou o ensino médio com a filha, e por insistência dela, no ano passado. Hoje é dona de casa. O pai, que já morreu, trabalhava como cobrador de ônibus. A mãe e o irmão mais novo, Allan, moram até hoje na Vila Missionária. Numa casa abarrotada de imagens de santos e bibelôs de anjinhos, cercada por plantações de morangos e toda sorte de animais. Ali, cada parede foi erguida pela própria família, num terreno que pertence à prefeitura.
Ao entrar na 5ª série, Tabata descobriu as olimpíadas de matemática – e se encantou pelos números. Com a primeira medalha, veio também uma bolsa para frequentar as aulas de iniciação científica do curso pré-vestibular Etapa, que a preparariam para as competições. Daí para ganhar uma bolsa no ensino fundamental, e mais tarde para o médio, foi um pulo. Nesse tempo, ela nem sequer sabia da possibilidade de ter curso superior. “Ninguém me contou que eu poderia fazer universidade. Meus pais também não fizeram”, diz. “Quando cheguei ao colégio particular, percebi que todas as crianças viviam para passar na USP.” Seu mundinho então se abriu.
Adaptar-se à nova rotina na escola paga custou-lhe um ano de estranhamento. Foi o tempo que levou para conquistar amigos. E para se livrar da vergonha que tinha dos sapatos gastos e fora de moda, os únicos que os pais podiam comprar. À medida que se encaixava nesse outro mundo, sobressaía cada vez mais pelo esforço e pelas ótimas notas. Tirou 9 em sua primeira prova de química, sem nunca ter aprendido o que era elétron na vida (no antigo colégio, só tinha aulas de ciências). Certa vez, ao final do 7º ano, Tabata assistiu a uma palestra de uma professora do MIT. “Pensei: meu Deus, como assim existe esse paraíso na face da Terra?” Seu mundo se abriu ainda mais. E ela decidiu que estudaria fora do Brasil.
É assim, sempre expandindo seus horizontes pelos mundos recém-descobertos, que Tabata escolhe seus próximos objetivos de vida. Aconteceu assim com as olimpíadas estudantis. Participou de competições de matemática, física, astronomia, astrofísica, robótica e linguística. Viajou para Turquia, Polônia e China, com tudo pago, atrás de medalhas para o Brasil. Já ganhou cerca de 40. Numa das provas práticas de astronomia, ficou sob o céu estrelado de uma cidade interiorana chinesa reconhecendo os planetas. Sabia de cor os nomes de 300 estrelas e 88 constelações, em inglês e em latim.
Por mais de uma vez, ela quase desistiu do sonho da universidade americana. A casa da família na Vila Missionária fica longe do Etapa. Chegava a demorar até duas horas e meia para retornar no fim do dia, por causa do trânsito. O dinheiro para o transporte e a alimentação era escasso. Tabata passou um ano trocando as refeições por “pão com alguma coisa” e iogurte com granola. Ganhou uma gastrite. Prestes a desistir, recebeu uma proposta do colégio onde estudava. Morar num hotel próximo da escola, com tudo pago, alimentação inclusive. Há pouco mais de dois anos, Tabata vive num pequeno quarto com banheiro, mesinha para computador, cama de solteiro e TV. Agora come melhor, apesar de a mãe não acreditar. “Como posso ficar tranquila aqui sabendo que ela almoça sorvete todo dia?”, diz Reni.
Como a maior parte dos adolescentes, Tabata é uma contradição ambulante. Ora aparenta ser uma menina frágil e pueril. Ora ganha ares de mulher madura e bem resolvida. A menina Tabata chora à toa e muito, brinca com as duas tartarugas, o papagaio e os cinco cachorros da família, adora sorvete (para desespero de Reni), detesta bebida alcoólica (para felicidade de Reni), tem cor preferida e melhor amiga, coleciona papel de carta e exibe ursos de pelúcia sobre a cama, coberta com lençol de temas infantis. A mulher Tabata viaja sozinha até Buenos Aires para encontrar o namorado argentino, pondera cada situação antes de escolher em qual universidade passará os próximos quatro anos, irrita-se profundamente quando se atrasa para um compromisso.
Não bastasse a inteligência notável – apesar de ela não tê-la medido, por acreditar que testes de Q.I., ao deixar outras habilidades de fora, são injustos –, Tabata tem uma disciplina espartana. Na época do colégio, quando não estava nas aulas preparatórias para olimpíadas ou na turma do ensino médio, agarrava os livros em casa durante quatro horas por dia. “A vaga dela em Harvard estava garantida há muito tempo”, diz Edmilson Motta, coordenador do Etapa.
Enquanto disputava vaga nos EUA, Tabata se esforçava para continuar seu cotidiano normal. Fazia dança e inglês. Na Igreja Católica do bairro onde mora a família, era acólita, uma espécie de coroinha adulta que ajuda o sacerdote durante a liturgia. Ainda encontrava tempo para um projeto social que criou com o amigo Henrique Vaz. No Vontade Olímpica de Aprender (VOA), Tabata dá aula todo domingo pela manhã para estudantes da escola pública. O objetivo é prepará-los para olimpíadas de astronomia, física, química e matemática. Desde 2010, o VOA treinou centenas de alunos e obteve 20 medalhas. “Ela quer devolver à escola pública todas as chances que recebeu”, afirma Soiane Vieira, coordenadora do projeto. Essa veia filantrópica é bem recebida nos Estados Unidos, onde o conceito de giving back – retribuir à sociedade o que se recebeu dela – é um traço cultural. Essa característica também conta pontos na hora de tentar uma vaga numa instituição americana.
A primeira das seis respostas positivas que Tabata recebeu das universidades saiu quando ela dava aula de cursinho em Valinhos. Assim que deixou a sala, viu dezenas de ligações perdidas em seu celular. Um aglomerado de zeros no visor do aparelho mostrava que era uma chamada internacional. Ela não conseguiu ligar de volta porque não tinha créditos suficientes nem para dizer “alô”. Chegou ao hotel onde morava às 8 da noite e tentou todos os contatos possíveis no Brasil para entender o que estava acontecendo. Só às 2 da manhã, pelo Skype, conseguiu conversar com o autor das ligações. Era o diretor de admissões de Harvard. Ao descobrir que passou, Tabata primeiro perguntou se não era trote. Depois chorou por horas. As outras aprovações saíram nas semanas seguintes, mas ela nem comemorou. Acabara de perder o pai. Por alguns dias, desistiu de ir para os EUA. “Não fazia mais sentido”, diz. “Queria ficar aqui com a minha família.”
No mesmo momento em que enfrentava a dor de uma perda tão importante, Tabata virou uma estrela no universo pré-vestibular. Raramente passava despercebida pelos alunos e professores do colégio. Os pedidos de amizade no Facebook, de desconhecidos principalmente, pipocavam a cada semana. Enquanto era disputada por seis das melhores universidades do mundo – ganhou bolsa integral de todas elas –, Tabata recebeu dezenas de e-mails, ligações e até convite para um almoço com um ex-aluno de Harvard, hoje diretor de um banco no Brasil. Todos tentavam convencê-la a dizer sim para suas instituições.
No mês passado, a convite das universidades e incentivada por seus padrinhos, Tabata foi aos EUA. Viajou sozinha. A ideia era despertar novamente na menina a vontade de estudar fora. Durante duas semanas, ela visitou o campus de cada instituição para decidir onde será sua vida a partir de agosto próximo, quando começará o ano letivo americano. No diário de bordo, escreveu suas impressões das faculdades. Quase todas as frases terminam com uma carinha desenhada. Algumas sorridentes. Outras assustadas. Sobre Harvard, anotou: “Dizem que não se preocupam com a graduação e são meio arrogantes. Mas é bem bonita e parece meio mágica”. Tabata escolheu a universidade, mas ainda não decidiu seus rumos. Por ora, quer se formar em física e ciências políticas ou sociais. “Mas quem sabe não descubro que nasci para ser chef de cozinha e faço gastronomia?”, diz. Sua trajetória inspirou colegas. A amiga de quarto de hotel, Giovanna Bolzan, saiu do interior para estudar em São Paulo e tentar as melhores universidades brasileiras. Influenciada por Tabata, pensa agora cursar as americanas. “Ela é um exemplo muito forte para mim”, diz a fã Giovanna.
É verdade que, sem esforço e vontade própria, Tabata nunca teria chegado aos bancos das melhores do planeta. Mas é verdade também que o apoio de instituições que a cercaram foi decisivo para o sucesso. Da EducationUSA, um centro financiado pelo governo americano para promover o ensino superior nos EUA, ela recebeu ajuda financeira para bancar a seleção nas universidades, desde a tradução de documentos até as taxas dos exames. “A Tabata é perfeita. Ela sabe pedir ajuda, não é arrogante, tem foco e uma inteligência incrível”, afirma Thais Burmeister, gerente da EducationUSA. Do ILRio, a ONG que ajuda os jovens a chegar aos melhores centros de fora, ganhou um mentor de Harvard. Contou ainda com uma bolsa da Cel Lep para melhorar o inglês, além do ensino médio, moradia e alimentação financiados pelo Etapa. Cada instituição foi recompensada com a exposição que a menina rendeu na mídia.
A formação internacional transforma jovens como Tabata em profissionais mais capacitados para lidar com os desafios da globalização. Mas até que ponto isso se traduz em benefícios para o país de origem? Quem garante que essas mentes brilhantes voltarão? Até décadas passadas, essa transferência de capital humano das nações pobres ou emergentes para as ricas era uma preocupação dos economistas. O conceito ganhou o nome de brain drain (algo como fuga de cérebros). Aos poucos, esse receio dá lugar ao brain gain (ou ganho de cérebros). “Não existe capital humano perdido”, afirma Nilson Vieira Oliveira, coordenador do Instituto Fernand Braudel de Economia. “Mesmo os que não retornam ajudam indiretamente, porque criam a sensação de que é possível alcançar as melhores universidades internacionais. É uma mudança cultural marcante.” Esse movimento se reflete ainda nas instituições brasileiras, que se sentem obrigadas a elevar o padrão do ensino superior.

GAROTA PRECOCE
Lilian Alves na Bloomberg, em São Paulo. Aos 22 anos, formada pela Mount Holyoke College, ela é analista da agência de informações financeiras (Foto: Rogério Cassimiro/Época)




Com só 22 anos, a jovem Lilian Alves já percorreu o caminho de volta – e começa a dar sua contribuição ao país. Formada em relações institucionais, fez dois anos do curso na Universidade do Estado do Amazonas e o restante na Mount Holyoke College, em Massachusetts, uma das faculdades de excelência dos EUA. Conseguiu 90% de bolsa. “A cada semestre, tinha mais noção da magnitude daquela mudança para minha vida”, afirma. Lilian é do interior do Amazonas. Nasceu na cidade de Tefé, a mais de 500 quilômetros da capital Manaus. De volta ao Brasil, trabalha hoje em São Paulo, como analista de pesquisa da agência de informações financeiras Bloomberg. Dos cinco colegas diretos de trabalho, três estudaram no exterior.
O jovem Marcelo, o garoto que recebeu 16 boas notícias neste ano, ainda não sabe se seguirá os mesmos passos de volta de Lilian, mas certamente já inspirou muitos alunos brasileiros. Tabata, se não se descobrir uma grande chef no futuro, deseja abrir um enorme centro no Brasil com pesquisadores do mundo todo para melhorar a educação pública do país – e retribuir as chances que lhe deram ao longo de sua curta e impressionante trajetória. “Quero chamar gente da China, da Índia, da Argentina, dos EUA, do Sudão”, diz ela, mais acelerada que de costume. Enquanto não se forma e vira uma cientista, planeja aproveitar ao máximo tudo o que Harvard pode lhe oferecer fora da vida acadêmica. É nessas horas que a Tabata menina reaparece. “A primeira coisa que vou fazer quando chegar lá é me matricular num curso de dança indiana.”

(Fontes: Organização Mundial do Turismo e Ministério da Ciência e Tecnologia)

Fonte: Época 19/05/2007